China Eliminates Tariffs on African Products

6
China Eliminates Tariffs on African Products
China Eliminates Tariffs on African Products

Africa-Press – Angola. The recent announcement by the Chinese government to eliminate all import tariffs on products from African countries, especially those from the continent’s least developed states, was undoubtedly quite impressive. This appears to us to be a move with a strong geopolitical and economic impact.

We can rightly view this maneuver as a likely Qmex in strengthening Sino-African relations and promoting South-South trade. However, the interpretation and implications of this gesture vary substantially when observed under two theoretical dimensions of International Relations, namely realism and idealism (or liberalism).

A REALISTIC LOOK

From a realistic point of view, which starts from the initial idea that States act mainly based on the expansion of their national interests, the constant search for power and survival at the level of the visibly anarchic international system, we can simplistically view China’s decision as actually being an expanded continuation of its strategy aimed at asserting its global influence and consequently containing the Western presence, especially that of the United States and the European Union, at the level of the African continent.

In an increasingly competitive world, with a continually aggressive global market where small economies suffer repulsion, the tariff exemption implemented by the Chinese government would be a strong sense of Chinese soft power, to consolidate its image as an “equal” and “solidarity” partner, but which, in practice, aims to guarantee privileged access to strategic natural resources (such as oil, rare minerals and precious metals) originating from countries affected by such a measure.

On the other hand, by unilaterally opening its markets to African products, China ends up securing a handcup in terms of economic dependence with African countries, only this time with a colorful backdrop of more advantageous mutual opportunities. It is no surprise that many African countries already have China as their main creditor and trading partner. This measure accentuates this link, expanding Chinese influence over African economic policies.

On the other hand, such a measure can also be seen as a strategy to intensify its field of influence in the logic of the dispute for global hegemony. At a time when tensions with the US and Western allies are rising, the African continent becomes a strategic space to guarantee diplomatic support, especially in multilateral forums such as the UN.

Vale igualmente considerar e louvar o devido cálculo racional de custo-benefício feito pelo Governo Chinês ao conceber a ideia de que a maioria dos produtos africanos exportados para a China são matérias-primas com baixo valor agregado. Logo, a isenção tarifária não representa um grande sacrifício fiscal para a China, mas gera ganhos políticos expostos em cartazes.

PERSPECTIVA IDEALISTA

Agora, é importante olharmos essa manobra sobre um olhar idealista ou liberal, que enquanto teoria das Relações Internacionais, enfatiza a cooperação internacional, a interdependência econômica, o direito internacional e as instituições. Sobre este prisma, podemos de facto enxergar a medida da China como uma demonstração de solidariedade e compromisso com o desenvolvimento dos países africanos, tal foi assumido através da Declaração de Pequim (2000), que efectivou o Lançamento do FOCAC (Fórum de Cooperação China-África) que é o principal mecanismo multilateral de cooperação entre a China e os países africanos.

Nesta senda, a eliminação das tarifas pode se constituir numa medida crucial para corrigir parte das assimetrias comerciais que historicamente penalizaram os países africanos a nível do comércio global, afirmando-se cada vez mais com um parceiro ideal, racional e estratégico, pois, honra com os compromissos historicamente firmados. Ou seja, trata-se de um passo concreto na direção de uma ordem econômica internacional mais inclusiva, isto porque a China, os EUA bem como Rússia e a França, têm se mostrado nos últimos anos como os principais agentes responsáveis pelo remapeamento constante da ordem internacional.

Por outro lado, é preciso reconhecermos que o acesso facilitado ao mercado chinês pode estimular sectores produtivos locais africanos, como agricultura, têxteis, e indústrias alimentares. Isso pode contribuir significativamente para a diversificação as economias africanas, que actualmente se encontram dependentes da exportação de commodities.

A iniciativa também pode ser olhada como um exemplo de solidariedade entre países do Sul Global, buscando romper com a lógica tradicional do comércio dominado pelo Norte Global. E isto pode servir como um algodão que reforça o multilateralismo e o discurso da multipolaridade, defendido por fóruns como o BRICS.

A china ao favorecer as exportações africanas, pode acabar refletindo consequências como a geração de emprego, o aumento da renda rural e melhoria dos indicadores sociais nos países mais pobres, alinhando-se aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Portanto, apesar das possíveis externalidades positivas para a África, a decisão chinesa deve ser compreendida como um gesto que mescla cálculo estratégico (realista) com uma narrativa idealista. Em outras palavras, a China se utiliza de instrumentos econômicos para expandir sua influência política, revestindo sua ação com um discurso de “parceria de ganhos mútuos”.

We are faced with a hybrid economic diplomacy: on the one hand, we have idealistic rhetoric, but the interests are in fact realistic. This combination is typical of contemporary Chinese foreign policy, which seeks to challenge liberal-Western hegemony through a multipolar order, but without breaking with the classic instruments of power projection.

angola24

For More News And Analysis About Angola Follow Africa-Press

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here